Cálculo de Estruturas: Se precisar de um projeto de estruturas ou de cálculo estrutural para obra. Entre em contacto ou peça um orçamento. Mais detalhe sobre o projeto de estabilidade
Calculadora de esforços elásticos em vigas
Introdução de dados:
q | Carga (kN/m) |
M | Momento (kN.m) |
L | Comprimento da viga (m) |
a, b, c, d, e | Comprimento (m) |
Resultados:
M1 | Momento fletor no apoio 1 |
M2 | Momento fletor no apoio 2 |
Mmáx | Momento fletor máximo |
R1 | Reação no Apoio 1 |
R2 | Reação no Apoio 2 |
A calculadora calcula as reações nos apoios e o momento máximo em vigas.
Instruções: A ferramenta tem 3 tipos de vigas (condições de apoio) e 9 tipos de carga.
Selecione: Condições de apoio da Viga e o Tipo de carga aplicada.
Caso seja necessário alguma melhoria nesta ferramenta, indique as suas sugestões nos comentários.
Tipos de Vigas (Condições de Apoio)
Encastrada = Engastada
Tipos de Cargas (Ações/Forças)
Exemplo de cálculo de uma viga em betão armado
Excerto de um projeto de estruturas para a disciplina de Projecto I do 3º ano do curso de Engenharia Civil no ISEL em 2001
As vigas a dimensionar são as vigas V6.1 e V6.2, cujas dimensões foram obtidas do pré-dimensionamento, tendo em conta o artº89/REBAP. As referidas vigas foram calculadas para a flexão simples, embora exista esforço normal resultante do modelo de cálculo.
Os esforços obtidos para as várias secções são os retirados do pórtico através da resolução estrutural a duas dimensões efetuadas no programa de cálculo automático SAP2000. Os esforços utilizados para o dimensionamento das vigas são relativos á envolvente de esforços.
Cálculo das Vigas V6.1 e V6.2
1 – Cálculo da armadura Inferior da viga
A viga será armada uniformemente, ou seja, verificamos qual o momento máximo positivo, conseguindo assim evitar interrupções da armadura e perlongando esta armadura nos apoios de continuidade sem ser necessário efetuar amarrações em secções intermédias (só se faz armação no início e no fim da viga aquando na amarração ao pilar).
- Comprimento total da viga => L = 3.3 + 4.5 = 7.8 m
- Secção da viga: 0.20 x 0.40
Esforços – Momentos
Esforços – Esforço Transverso
1.1 – Cálculo da armadura para resistir a flexão
M máx+ = 33.74 ( tabelas do LNEC)
- Considerando 2.5 cm de recobrimento : d = 0.4 – 0.025 = 0.375 m
- As mín = ( ρ b d) / 100 = ((0.15 x 0.2 x 0.375) / 100) x 104 = 1.125 cm2
- As máx = 0.04 x b x h = 0.04 x 0.2 x 0.4 =3.2 x 10-3 = 32 cm2
Tabela nº 2 ( tabelas do LNEC)
- m = (M s d ) / (b d2) = 33.74 / (0.2 x 0.3752 x 1000) = 1.2
- m = 1.3 e B30
- α = 0.146 => = 0.146 x 0.375 = 0.055
- ρ = 0.364
- As = ((0.364 x 0.2 x 0.375) / 100) x 104 = 2.73 cm2 => As adotado = 2.73 cm2
Resolúvel com: 4Ø10 ( As = 3.14 cm2 ) – Consultar tabelas
Espaçamento mínimo
- S ≥ (Ø escolhido, 2 cm)
- S ≥ (1 cm, 2 cm)
- S min ≥ 2 cm
Espaçamento máximo (Artº 91/ REBAP)
Ambiente moderadamente agressivo: Smáx ≤ 0.075 m = 7.5 m
- b’ = b – 2 x rec – 2 x Ø estribos = 0.2 – 2 x 0.008 = 0.134 m
- S = (b’ – n x Ø ) / (n-1) = (0.134 – 4 x 0.010) / (4 – 1) = 0.0313 m = 3.13 cm
- S = 3.13 cm > S min e < S máx
1.2 – Calculo da armadura para resistir ao esforço transverso (Artº 53 /REBAP)
Vsd máx = 83.85 KN
Segurança em relação à compressão das escoras da treliça de Morsch( Art 53.4 / REBAP )
Vrd máx. = ?
- Vrd máx = τ2 x b w x d =5 x 103 x 0.2 x 0.375 = 375 KN > Vsd = 83.85 KN, logo conclui-se que fica garantida a segurança das escoras da treliça de Morsch.
Vcd = ?
- Vcd = τ1 x b w x d = 0.75 x 103 x 0.2 x 0.375 = 56.25 KN = 0 ,
De acordo com o Art 143.5 / REBAP numa zona de extensão igual a 2d ( 2 x 0.375 = 0.75 ), o termo Vcd = 0 (a secção de Vsd máx é perto do apoio).
Vwd = ?
- Vrd > Vsd
- Vrd = Vwd + Vcd
- Vwd ≥ Vsd – Vcd Vwd ≥ 83.85 KN
(Asw / s) = ?
- (Asw / S) ≥ (Vwd / 0.9 d x fsyd) = 83.85 / (0.9 x 0.375 x 348 x 103) = 7.139 x 10-4 m2/m
- (Asw / S) min ≥ ( ρw x sen α x bw) / 100 = (0.1 x sen 90 x 0.2) / 100 = 2 x 10-4 m2/m
- (Asw / S) adot ≥ 7.139 cm2/m
Afastamento dos estribos: ART 94º / REBAP
Vsd = 83.85 KN
- (1/6) τ2 x b w d = (1/6) x 5 x 103 x 0.2 x 0.375 = 62.5
- (2/3) τ2 x b w d = (2/3) x 5 x 103 x 0.2 x 0.375 = 250
- => Zona em que (1/6) τ 2 x b w d = 62.5 < Vsd = 83.85 ≤ (2/3) τ 2 x bw x d = 250
Art 94.3
- S ≤ 0.5 d com o máximo de 25 cm
- S ≤ 0.5 x 0.375 = 0.1875 m
- S ≤ 0.1875 m = 18.75 cm
Contudo, de acordo com o artigo 143.6, os estribos para as zonas junto aos pilares devem ter um espaçamento máximo de 0.25 d com o máximo de 15 cm.
- 0.25 x 0.375 = 0.1
- logo S ≤ 0.1 cm → com o primeiro estribo a situar-se a uma distância da face do pilar não superior a 5 cm.
Sadot = 10 cm
1.3 – Estribos
a) O primeiro estribo será colocado a uma distância nunca superior a 5 cm da face do pilar (Art 143.6).
Seja s = 0.10 m, então (Asw / s) = 7.139 Asw = 7.139 x 0.10 = 0.714 cm2 utilizando 2 Ø 8 // 0.10 (1.01 cm2)
com dois ramos.
Note-se que a distância entre os dois ramos de cada estribo não excede os 60 cm nem excede a altura útil da viga, tal como é exigido no terceiro parágrafo da Art 94.1 da REBAP.
b) Zona Central
Na zona central da viga existe um troço no qual a segurança em relação ao esforço transverso fica garantida com os estribos correspondentes à percentagem mínima regulamentar.
Este troço fica limitado pelas secções onde o valor de cálculo do esforço transverso é Vsd = Vcd + Vwd,min = 56.25 +0.9 d x (Asw / s) x f s y d = 56.25 + 0.9 x 0.375 x 0.0002 x 348 x 103 = 79.74KN
Analisando qual o diagrama mais desfavorável.
Viga V6.1
Como se consegue observar no diagrama de esforço transverso Vsd, o referido troço situa-se na zona central da viga apresentando um
comprimento.
Viga V6.2
Verifica-se que no lado direito não se chega a atingir os 79.74 KN, logo ficamos condicionados apenas pelo lado esquerdo. No entanto iremos colocar estribos correspondentes à percentagem mínima num troço algo menor centrado.
L = 1.5 m ( para cada lado a contar do eixo de simetria)
Adotando para estes estribos (s = 0.20) teremos: (Asw / s) = 0.0002 Asw ≥ 0.0002 x 0.20 x 104 Asw ≥ 0.4 cm2
Note-se que a distância entre os dois ramos de cada estribo não excede 60 cm nem excede a altura útil da viga, como se exige no 3º parágrafo do Artº 94/REBAP.
2 – Cálculo da armadura superior da Viga
Esforços
2.1 – Cálculo da armadura para resistir a flexão
Calculou-se a armadura para os momentos mais desfavoráveis nos apoios.
M1 = -25.4 KN ( tabelas do LNEC – Nº2)
- m = 25.4 / (0.2 x 0.3752 x 1000) = 0.9
- m = 0.9 &, B30
- α = 0.123 & ρ = 0.271
- X = 0.123 x 0.375 = 0.04613
- As = ((0.271 x 0.2 x 0.375) / 100) x 104 =2.0325 cm2
- As1 = 2.0325 cm2
M2 = -48.85 KN
- m= 48.85 / (0.2 x 0.3752 x 1000) = 1.737
- m = 1.737 & B30
- α = 0.1854 & ρ = 0.535
- x = 0.1854 x 0.375 = 0.07
- As = ((0.535 x 0.2 x 0.375) / 100) x 104 = 4.013 cm2
- As2 = 4.013 cm2
M3 = -61.71 kN
- m = 61.71 / (0.2 x 0.3752 x 1000) = 2.2
- m = 1.737 & B30
- α = 0.222 & ρ = 0.694
- X = 0.222 x 0.375 = 0.0833
- As = ((0.694x 0.2 x 0.375) / 100) x 104 = 5.21 cm2
- As3 = 5.21 cm2 2 Ø 12 => As = 2.26 cm2
Escolha de diâmetros para a armadura superior:
M1 → Pondo de inicio uma armadura de 2 Ø 12 ( 2.26) a correr toda a face superior da viga como do cálculo só preciso de As = 2.033, não é necessário reforço.
M2 → As = 4.013 cm2
- 4.013 – 2.26 = 1.753 => reforço 2 Ø 12 → 2.26 cm2
- L2 = 0.2 x 4.5 + 1.5 x 0.375 = 1.2 m
- Lt = L1 +L2 = 1.2 + 1.5 = 2.7 m
M3 → As = 5.21
- 5.21 – 2.26 = 2.95 => reforço 2 Ø 16 → 4.02 cm2
- L = (1/4) l + 35 Ø = (1/4) x 4.5 + 35 x 0.016 = 1.545m => L = 2 m ( corte certo )
- S ≥ (1.2 cm & 2 cm)
- b’ = 0.2 – 2 x 0.025 – 2 x 0.008 = 0.134cm
- S = (0.134 – 5 x 0.012 ) / (5 – 1) = 0.0165 ⇒ 1.88 ≈ 2 cm
2.2 – Verificação do espaçamento mínimo entre varões:
Nota : A dobra dos ferros deverá ser executada de acordo com o Art 79 / REBAP
(em progresso)