Enquanto a maioria de nós já se dá satisfeita por ter o seu próprio apartamento, há quem goste de ir mais longe, muito mais longe. Mas como tem acontecido desde sempre, as grandes obras do homem nascem de ideias arrojadas e até loucas. É o caso de Antilia, a maior casa do mundo (e também a mais cara).
Na verdade, Antilia não é propriamente uma simples casa, mas sim um edifício familiar. O seu proprietário é Mukesh Ambani, o patrão da Reliance Industries, um grupo empresarial que atua em diversos setores: petróleo, comércio e telecomunicações.
Ambani é o homem mais rico da Índia, e o nono mais rico do mundo segundo a revista Forbes, e fez questão de demonstrar esse estatuto construindo o gigantesco edifício Antilia.
Como é o Exterior e a Estrutura da Maior Casa do Mundo
O edifício da família Ambani impressiona desde logo pela sua dimensão. São 27 pisos, distribuídos por 170 metros e uma área de construção superior a 37 mil metros quadrados.
Se ficou a pensar que 27 andares soa a pouco para a maior casa do mundo e para os 170 metros anunciados, fique a saber que há uma explicação para tal facto.
A verdade é que com 170 metros, o edifício poderia ter perto de 60 andares, contudo alguns dos andares foram construídos bastante altos, tendo três vezes a altura padrão de um piso.
O projeto foi levado a cabo pelo escritório de arquitetos norte-americano Perkins & Will, que teve como emissão desenhar o edifício segundo os pressupostos do Vastu Shastra – uma espécie de Feng Shui indiano, que defende que as construções têm que respeitar determinados alinhamentos, por forma criar harmonia espiritual.
Já a construção foi da responsabilidade da empresa de engenharia australiana Leighton Holdings, que além da responsabilidade de erguer uma obra ímpar teve ainda que garantir que a maior casa do mundo conseguirá resistir a sismos até pontos na escala de Richter.
E Será Que o Interior Da Casa Mais Cara do Mundo Está à Sua Altura
Se visto de fora o Edifício Antilia é impressionante, então o que dizer do seu interior? A garagem ocupa seis andares, tem capacidade para estacionar 168 automóveis e inclui ainda uma sempre útil oficina mecânica.
No topo, encontramos três heliportos e até uma torre de controlo de tráfego aéreo. Três andares estão reservados para luxuriantes jardins anteriores.
A área de lazer inclui ainda outros luxos como piscina, um enorme salão de baixo, ginásio, cinema com capacidade para 50 pessoas, spa e uma sala de gelo com capacidade para criar neve artificial durante 365 dias por ano.
Como não podia deixar de ser e fazendo jus ao título de casa mais cara do mundo, os interiores do Edifício Antilia estão repletos dos materiais mais nobres do planeta: madeiras nobres, madrepérola, mármore, etc.
Curiosidades Sobre o Edifício Antilia E Os Seus Ocupantes
Uma casa tão opulente quanto esta e uma família tão dada a excessos quanto os Ambani, estão inevitavelmente ligados a diversas curiosidades.
O nome da maior casa do mundo está diretamente relacionado com a ilha de Antilia, que segundo a mitologia terá existindo em tempos no oceano Atlântico. A sua construção iniciou-se em 2005, ficando concluída cinco anos depois.
Tendo custado 700 milhões de dólares, Antilia está hoje avaliado em mais de um bilião, justificando assim o estatuto de habitação unifamiliar mais cara do mundo.
Para manter o edifício nas melhores condições é necessário um autêntico batalhão de funcionários: cerca de 600 trabalhadores em permanência.
A primeira fatura de eletricidade da majestosa residência dos Ambani teve como valor cerca de 100 mil dólares. Aparentemente, meros trocos para o bilionário Mukesh.
Apesar de a habitação ter ficado pronta a habitar em 2011, os Ambani não se mudaram de imediato. Segundo a imprensa internacional, a família de Mukesh recusava-se a ocupar a opulente edifício uma vez que acreditava que Antilia não respeitava os mandamentos Vastu Shastra, o que poderia trazer má sore.
Verdade ou não, o certo é que em 2012, a maior casa do mundo foi finalmente ocupada. Já em 2013, Nita Ambani, a esposa de Mukesh acedeu ao convite da revista Vanity Fair e mostrou algumas das divisões da sua residência.
Um Excesso Ou Um Marco?
Um dos maiores focos de discussão sobre esta grandiosa construção é o seu grau de opulência, num país que é dominado pela fome e pela pobreza, com grande parte da população a sobreviver com menos de dois dólares por dia, será que faz sentido construir algo como Antilia?
O facto de a maior casa do mundo não ter sido construída com qualquer preocupação ecológica em mente também chocou o mundo, principalmente porque atravessamos um período em que a sustentabilidade é uma palavra imperial.
Por outro lado, há quem contraponha afirmando que as grandes obras de engenharia da humanidade surgiram quase sempre de projetos megalômanos, que depois se tornaram marcos da humanidade (basta pensar nas pirâmides do Egipto).