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Métodos De Tratamento Da Água Para Consumo Humano

Ricardo Rodrigues

Publicado em:Construção Civil

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Métodos De Tratamento Da Água Para Consumo Humano

Ricardo Rodrigues

A civilização pré-histórica, bem como a civilização antiga, estabeleceram-se perto de fontes de água. Enquanto a importância da quantidade de água com o objetivo de ser bebida, era aparente para os nossos antepassados, os métodos de tratamento da água não eram tão conhecidos.

O tratamento da água focava-se originalmente no melhoramento dos aspectos visuais da água. As escrituras dos Sânscritos e dos Gregos antigos recomendavam métodos de tratamento da água para consumo humano tais como: filtração através de carvão, exposição à luz solar, fervura, e drenagem.

Durante o século XVII, a filtração era encarada como um meio eficaz de remoção de partículas da água, bem como de tratamento. Portanto, o processo de purificação primordial estava baseado na filtração de água para remover as impurezas e a aparição de partículas coloidais que pudessem estar presentes.

Entre a metade e o final do século XIX, os cientistas ganharam um melhor entendimento sobre as origens e os efeitos da ingestão dos contaminantes da água, especialmente aqueles que não eram visíveis a olho nu. No século XIX, Louis Pasteur demonstrou a teoria do germe da doença, que explicou como os microorganismos podiam transmitir doenças através de meios como a água. No final do século XIX e início do século XX, as preocupações sobre a qualidade da água para consumo humano continuaram a concentrar-se, em grande parte, nas doenças causadas por micróbios conhecidos como bactérias patogênicas em locais públicos de fornecimento de água.

O grau e o tipo de tratamento dependem da fonte de água, bem como do propósito para que a água irá ser utilizada. Geralmente, a água encontrada à superfície é tratada convencionalmente para a tornar adequada para o consumo humano e também para o consumo industrial. A água proveniente do subsolo em regra geral pode ser ingerida, mas deve ser tratada no caso do uso industrial, para remoção da dureza da água.

Porque Temos de Tratar a Água

O tratamento da água para consumo humano é exigido por um número diverso de razões, nas quais se incluem:

  • Para prevenir que microrganismos patogênicos causem doenças.
  • Para controlar o sabor desagradável e o aparecimento de partículas.
  • Para remover a cor excessiva da água e a turvação.
  • Para extrair os químicos e minerais dissolvidos.

Métodos de Tratamento da Água

Apesar da existência de uma vasta panóplia de processos tecnológicos para a produção de água para consumo humano, no que toca aos outros usos, os princípios gerais de purificação, são aproximadamente os mesmos. Estes princípios proporcionam a seguinte lista de procedimentos primários a serem realizados:

  • Remoção de contaminantes heterogêneos da água, por sedimentação ou coagulação e sedimentação, filtração, e, flutuação. Como resultado de tal tratamento, os índices de turvação e cor da água são reduzidos.
  • Eliminação de mistura de bactérias patogênicas e prevenção da sua reprodução (desinfecção de água) por, cloração, iodação, ozonização, prateamento, radiação electromagnética e electroquímica, entre outros métodos.
  • Ajustamento da composição da água em misturas dissolvidas. Esta fase pode incluir uma grande diversidade de processos tecnológicos, dependendo da composição e qualidade da água inicial. Primeiramente, isto inclui a eliminação do odor, sabor, e vestígios de poluentes tóxicos da água, através de métodos como aeração e desgaseificação, oxidação, absorção, e remoção de ferro, manganês, silício, e fluoretos da água. A fase final do tratamento da água pode incluir fluoração e amolecimento da água (remoção da dureza). Numa região com falta de água doce, mas com disponibilidade de recursos de água salobra e salgada, pode também ser necessário levar a cabo o processo de dessalinização da água.
  • Tratamento da água específico, por exemplo, através do método de radiação, assim como a sua purificação no que toca a contaminantes específicos, incluindo problemas radioativos, ou particularmente, químicos altamente tóxicos.

Os processos e as tecnologias utilizadas para remover os contaminantes da água, e para melhorar a sua qualidade, são reconhecidos em todo o mundo. A escolha sobre qual o tratamento a usar, com uma grande variedade de processos disponíveis, depende das características da água, o tipo de problemas na qualidade de água que estão presentes, e os custos dos diferentes tratamentos. Existem diferentes métodos de tratamento da água, a solução sobre qual utilizar, depende do tipo de fonte, e do objetivo de utilização da água.

Processos de Tratamento

Foi sublinhado anteriormente que todas as técnicas acima mencionadas podem, ou não, ser utilizadas para tratar a natureza particular da água. A necessidade de alguns, ou todos estes tratamentos depende somente da qualidade da água disponível. Antes de se descrever estas técnicas em detalhe, permita-nos resumir as funções que cada uma destas técnicas tem no que toca à purificação da água.

  • Triagem – A maioria dos objectos grandes e visíveis, tais como árvores, galhos, paus, vegetação, peixes, vida animal etc., presentes na água á superfície, podem ser removidos através de operações de seleção e triagem. Este processo é chamado triagem.
  • Sedimentação simples – O material suspenso de maior grossura pode depois ser removido ao deixar a água repousar em bacias de sedimentação. Este processo é chamado de sedimentação simples.
  • Coagulação e floculação – A eficácia da sedimentação poderá no entanto, ser aumentada pela mistura de determinados químicos com a água para formar precipitados floculentos, que carregam as partículas em suspensão logo que se instala. O processo é denominado coagulação química.
  • Desinfecção – À água filtrada que ainda pode conter bactérias patogênicas é depois feito um tratamento da água à prova de bactérias que consiste na adição de certos químicos como o cloro, entre outros. Este processo que visa matar os germes, é chamado de desinfecção.
  • Filtração – Quanto às partículas mais finas em suspensão, o que pode evitar o repouso em bacias de sedimentação mesmo após o uso da coagulação química, podem depois ser removidas pela filtração da água através de filtros. Este processo é chamado de filtração.
  • Absorção – A água resultante, apesar de agora ser segura, pode ainda não ser atrativa para a língua dos consumidores. Gostos desagradáveis e odores, podem então ter que ser removidos com a adição de certos compostos químicos como o carvão ativado. Este processo é chamado de absorção.
  • Amolecimento – A água resultante pode ser por vezes muito mais dura do que o nível permitido, e pode além disso, ter que ser amolecida através de um processo chamado de amolecimento.
  • Fluoração – Por vezes, à água resultante pode ainda ser dado mais tratamento, tal como a fluoração (em outras palavras, a adição de fluor solúvel para controlar as cáries dentais)
  • Calagem – adição de cal de forma a controlar a acidez e reduzir a ação corrosiva
  • Recarbonização – Adição de dióxido de carbono para prevenir o depósito de carbonato de cálcio
  • Dessalinização – Remoção de sal excessivo, caso esteja presente.
  • Aeração, entre outros
Processo de tratamento da água para consumo humano

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Autor: Ricardo Rodrigues

CEO e Fundador da NValores e engIobra (RRNValores Unipessoal, Lda,)

Sou Licenciado em Engenharia Civil, desde 2004, pelo I.S.E.L. - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Membro sénior da OET - Ordem do Engenheiros Técnicos.

A equipa engiobra é formada por engenheiros e arquitetos com experiência comprovada em projetos de especialidades para licenciamento e execução.

Atualmente trabalho na engiobra como Projectista: Tenho mais de 10 anos de experiência em projectos de engenharia civil nomeadamente, projectos de estabilidade (estruturas), projectos de redes de abastecimento de águas prediais, projectos de redes prediais de drenagem de águas residuais e pluviais, projectos de acústica de edifícios, projectos de redes prediais de gás.

Entre 2004 e 2010 trabalhei em direcção e fiscalização de obras públicas e privadas.

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