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Guindastes de Torre: O Tipo de Grua Mais Comum

Ricardo Rodrigues

Publicado em:Máquinas e Equipamentos

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Guindastes de Torre: O Tipo de Grua Mais Comum

Ricardo Rodrigues

Os guindastes, também conhecidos como gruas são hoje um equipamento fundamental na área da construção civil, estes equipamentos incansáveis são capazes de erguer toneladas, facilitando bastante e acelerando o processo de construção de qualquer edifício. De notar que o papel fulcral que estes equipamentos têm na construção não é apenas dos dias de hoje, durante séculos os guindastes foram evoluído, e ao mesmo tempo que os anos passavam, foram adaptados às necessidades da sociedade que serviam.

Neste artigo vamos explorar as origens dos primeiros guindastes, bem como o tipo mais comum de grua, a grua torre, que, ao longo dos séculos contribuíram incansavelmente para que grandiosas cidades fossem erguidas, e que continuam, nos dias de hoje a contribuir para a sua expansão.

Guindaste Torre ou Grua Torre

Origem

[dropcap]H[/dropcap]á muitos séculos, no tempo em que a Antiga Grécia e o Antigo Egipto estavam no auge da sua existência, foram inventados os primeiros guindastes, ou gruas. Utilizados para transportar água e construir prédios, as gruas primordiais eram movidas pela força do homem ou dos animais. Estas duas civilizações são conhecidas pela herança que deixaram para o futuro, sendo consideradas duas das mais avançadas civilizações na época. De facto, não foi preciso esperar muito tempo para que surgisse um novo tipo de grua, foram adicionadas engrenagens ao sistema primordial, engrenagens movidas pela força humana. Esta pequena mudança fez com que fosse possível erguer cargas de maior peso, com uma facilidade maior.

Os séculos foram passando, e a Humanidade caminhou a passos largos para a Idade Média, foi ai que os guindastes ganharam mais uma utilização. Naquela época grande parte do comércio era feito através de rotas marítimas, a expansão naval era um símbolo de poder, e como tal, os países começaram a apostar nesse aspeto, o que fez com que o comércio marítimo se expandisse e que novos continentes fossem descobertos. Os guindastes eram usados para erguer cargas dos navios e leva-las para terra, e vice-versa. Construídos á base de madeira em cima de torres de pedra as gruas foram evoluindo lentamente.

Com a chegada da Revolução Industrial muito mudou na nossa sociedade, novas invenções surgiram e as gruas foram alteradas. Antes constituídas por madeira e apoiadas por uma torre de pedra numa tentativa de garantir uma maior estabilidade, passaram, na época da Revolução Industrial, a ser construídas por ferro e aço, o que aumentou a sua estabilidade, durabilidade, e também a sua capacidade de carga.

Felizmente, a Revolução Industrial não foi responsável pela última evolução deste equipamento realmente precioso para a indústria da construção. Atualmente, existem diferentes tipos de gruas, desde gruas de torre, até gruas florestais. Que são utilizadas para diferentes tipos de funções. De notar que a grua de torre é a mais comum, é até denominada de grua universal.

Nos dias que correm vivemos um período de revolução tecnológica, e isso também se reflete na evolução dos guindastes. Basta olharmos para o tipo de controlos que o operador tem para manusear a grua, ou para a comunicação por rádio ou infravermelhos que está também á disposição do operador.

Ao longo dos séculos as gruas foram evoluindo, e como o processo de evolução é contínuo, vão continuar a evoluir ao longo do tempo, tornando-se mais eficientes, económicas e práticas.

Guindastes de Torre

[dropcap]T[/dropcap]al como foi mencionado anteriormente, esse tipo de guindastes são também apelidados de guindastes universais de torre, isto porque servem para o levantamento de cargas bastante pesadas, podendo move-las tanto horizontalmente como verticalmente, pode também erguer cargas a alturas consideráveis. Como tal, este tipo de grua é comummente utilizado na construção, tornando todo o processo mais rápido e fácil.

Este tipo de guindaste foi criado pouco antes da Segunda Guerra Mundial, e até aos dias de hoje apenas se alteraram algumas características de forma a garantir uma elevada performance. Por exemplo, cerca de 1997 foi adicionado ao sistema do guindaste um conversor de torque, o que permitiu que o funcionamento da grua seja bastante mais suave e como resultado, requeira menos manutenção, que significam menos gastos.

Se olharmos para este tipo de equipamento de uma forma geral e pensarmos no investimento a longo termo, chegamos facilmente á conclusão que o capital investido é rapidamente recuperado, dado que atualmente, os guindastes estão devidamente equipados com todas as funcionalidades para elevar cargas bastante pesadas, de uma forma fácil e relativamente rápida. As melhorias adicionadas, como é exemplo o conversor de torque, permitem que a grua precise apenas de manutenção básica. Além do baixo custo de manutenção, existe também o reduzido consumo de energia (quando comparada com a grua que existia antes dos anos 90).

Um guindaste pode levantar até 18 toneladas, o que é bastante útil. O operador controla todos os movimentos da grua desde a sua cabine. O risco de acidente com uma grua é muito reduzido. Certamente é uma máquina imponente devido à sua altura, no entanto o risco de acidente é bastante reduzido. Existem determinados cuidados a ter para evitar qualquer tipo de acidentes, a manutenção é um deles, apesar de as gruas requererem pouca manutenção, este é um fator que não deve ser esquecido.

A sobrecarga é outro potencial causador de acidentes com gruas, quanto mais longe a carga está do mastro, maior vai ter que ser o nível de força que a grua vai ter que efetuar, contudo existe um dispositivo que mantém o operador informado se existir sobrecarga, o que contribui bastante para evitar possíveis acidentes.

Estes equipamentos ajudam diariamente milhares de construções a serem erguidas, se bem cuidados, podem operar durante décadas, e o risco de acidente é bastante reduzido. Tudo isto torna os guindastes máquinas excecionalmente úteis no que diz respeito á construção civil.

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Autor: Ricardo Rodrigues

CEO e Fundador da NValores e engIobra (RRNValores Unipessoal, Lda,)

Sou Licenciado em Engenharia Civil, desde 2004, pelo I.S.E.L. - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Membro sénior da OET - Ordem do Engenheiros Técnicos.

A equipa engiobra é formada por engenheiros e arquitetos com experiência comprovada em projetos de especialidades para licenciamento e execução.

Atualmente trabalho na engiobra como Projectista: Tenho mais de 10 anos de experiência em projectos de engenharia civil nomeadamente, projectos de estabilidade (estruturas), projectos de redes de abastecimento de águas prediais, projectos de redes prediais de drenagem de águas residuais e pluviais, projectos de acústica de edifícios, projectos de redes prediais de gás.

Entre 2004 e 2010 trabalhei em direcção e fiscalização de obras públicas e privadas.

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